terça-feira, 1 de maio de 2018

MÚSICOS DE TODA A EMPRESA... UNI-VOS


E juntem-se a esta Revolução Positiva, que está a acontecer, com impacto dentro e fora das Empresas.

Com as confirmações das bandas das Empresas da L’Oréal, Siemens, Bosch Security Systems, Grupo RHmais, Aubay, Super Bock Group, Zurich Insurance, Arvato, Liberty Seguros, Instituto Nacional de Estatística, Schneider Electric, AMT-Consulting, Critical Software e Cision.

+ info: http://festivalbrandslikebands.com/

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Festival Brands Like Bands 2018

Em 2013 fizemos a primeira edição do Festival Brands Like Bands. Era para ser uma "pequena brincadeira", tanto que nem pensámos muito a sério no nome que íamos dar a este encontro com bandas de empresas… «Olha, fica Festival Brands Like Bands… Siga». Depois do primeiro evento ter corrido tão bem estabelecemos como objectivo fazer mais quatro edições, seriam cinco no total. A quinta edição foi o ano passado. Temos sido desafiados para fazer uma nova edição este ano e desde 2008 nunca recusámos um desafio. Ainda por cima este, que nos tem dado tanto prazer, quer a nós, a quem toca, a quem não toca e às causas, que todos juntos temos apoiado. Na próxima semana vamos ter novidades... Estejam ligados... Ok? 

domingo, 17 de setembro de 2017

V.º Festival Brands Like Bands 2017

👔 🎸Aí está a quinta edição do Festival Brands Like Bands, uma das melhores edições de sempre.
🎙 🙋Com doze excelentes bandas de empresas, duas bandas de universitários (o futuro das bandas de empresas), dois dias e duas grandes causas a apoiar 😃
 info: http://festivalbrandslikebands.com/
Clica na Imagem -» 📢Partilha -» 🗣Passa a palavra -» E vem fazer a diferença. 


😉

domingo, 26 de março de 2017

ESCREVE O FUTURO DA MÚSICA

A Microsoft Portugal associou-se ao Innovation Music Challenge, uma iniciativa organizada pela Brands Like Bands e pela iMatch, que quer descobrir e distinguir os projetos mais inovadores da indústria musical.
2016 foi um ano vertiginoso para esta indústria a nível global: desde os novos serviços de streaming, que entre si atingiram 100 milhões de subscrições pagas, às bandas que foram forçadas a reformular os modelos de negócio face a esta realidade, passando pelas novas estratégias de comunicação para o lançamento de álbuns. A indústria da música está a sofrer ondas de choque e a reinventar-se e estes foram alguns dos primeiros sinais de crescimento, numa indústria que começou a mudar com a internet desde o início do século, com o aparecimento do Napster.

É neste contexto de inovação permanente, onde os fãs são atores transformadores da forma como se ouve e partilha música, que surge o Innovation Music Challenge, que irá agregar agentes do campo inovação e da indústria musical nacional, apoiado pela Microsoft Portugal, pela Abbey Road Studios e pela Europa Criativa, da União Europeia.
O objetivo é criar valor para toda a indústria através do empreendedorismo e da demonstração de novas ideias nas áreas da Produção, Comunicação, Distribuição e Capacitação.

Para Luís Calado, Start Up Lead da Microsoft Portugal, esta é uma oportunidade para trazer à luz ideias únicas que nasçam num terreno fértil que alia tecnologia, inovação, criatividade e arte.  “A Microsoft tem estado ao lado do empreendedorismo em Portugal em diferentes iniciativas. Nos últimos anos participámos em múltiplos projetos, mas nunca abraçámos uma área criativa como é a música. Esta é uma excelente oportunidade, pois acredito que aliar a tecnologia e a música permitirá ver nascer projetos criativos e inovadores. É com entusiasmo e muita curiosidade que aguardo os projetos que vão estar presentes no Innovation Music Challenge”.

Tomás Archer, da Imatch, defende que “o movimento de inovação que é sentido nas outras indústrias não pode ser ignorado pela musical. Assim, o Innovation Music Challenge é o momento para dar voz ao movimento de empreendedorismo nesta área, e que vai ajudar a criar um novo ecossistema de inovação musical no país. Queremos que o futuro seja apresentado, debatido, criado, num ambiente de partilha, aprendizagem, co-criação e desafio quer para músicos, inovadores, empreendedores ou simplesmente amantes de música”.

Já para Fernando Gaspar Barros, da Brands like Bands, “o ambiente para a inovação e experimentação nunca foi tão vibrante e para nós será também importante analisar a relação entre quem ouve e faz música em Portugal, aferir ideias e massa crítica para os desafios estruturais desta indústria e, à semelhança de outros países, colocarmos na agenda mediática o futuro daquela que é uma das paixões número um das pessoas: a música”.
Baseada na assinatura “The Future is Unwritten”, criada por Joe Strummer, vocalista da banda britânica The Clash, a iniciativa Innovation Music Challenge terá no júri nomes sonantes como Hélio Morais, dos Linda Martini, Fred Ferreira, dos Orelha Negra, Tim - dos Xutos e Pontapés, Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio, Álvaro Covões, da Everything is New ou Paula Homem, da Sony Portugal. A área da inovação é representada por Luís Calado, Startup Lead da Microsoft Portugal, Jon Eades, Innovation Manager da Abbey Road Studios, entre muitos outros.
O júri avaliará as candidaturas de todos aqueles que queiram participar nesta revolução - desde amantes de música a empreendedores -, com novas ideias para apresentar. O prazo para a entrega de candidaturas termina dia 21 de abril, estando o anúncio dos finalistas marcado para dia 1 de maio e a final marcada para 6 de maio na sede da Microsoft Portugal.

As inscrições deverão ser feitas através do site - http://www.innovationmusicchallenge.com/

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

MARCAS INSPIRAM-SE NOS ROLLING STONES PARA O REGRESSO AO TRABALHO



Setembro é normalmente o mês que marca o fim das Férias e dos Festivais. Mas a tradição já não é o que era desde que em 2013 surgiu o Festival Brands Like Bands, um Festival     que marca o regresso ao trabalho e que junta várias marcas no mesmo palco, como são os casos este ano da SISCOG, Banco Popular, Advance Care, Affinity, Cision, Siemens, Liberty Seguros, AMT-Consulting, ANA-Aeroportos de Portugal, CEiiA, Grupo Impresa (Norte), ROFF, Mercer e PLMJ- Soc. de Advogados.

Para o lançamento da quarta edição deste Festival de Bandas de Empresas, a Ivity Brand Corp e a Brands Like Bands inspiraram-se na banda de Mick Jagger, Keith Richards e C.ª: «Mais do que um símbolo, reconhecido em todo o Mundo, o que nos inspirou foram os próprios Rolling Stones que, não obstante a idade dos seus membros, são um exemplo de energia, vitalidade e irreverência, que é o que queremos passar neste regresso de muitos ao trabalho.» - comentou Fernando Barros, do Festival Brands Like Bands.

A outra grande novidade este ano é a criação do projecto «Filhos do Rock», que conta com o apoio da Rádio Comercial e dos CTT – Correios de Portugal que, juntamente com as empresas participantes no evento, colaboram com instituições de apoio a crianças em cada dia do Festival de Bandas de Empresas. As causas apoiadas, que terão integralmente todas as receitas de bilheteira e a gestão da mesma, serão a Ajuda de Berço (1de Outubro) e Casa dos Rapazes (8 de Outubro), em Lisboa. E a Raríssimas, no Porto (15 de Outubro).

Assim, o Festival Brands Like Bands, o único Festival de Bandas de Empresas do Mundo, irá decorrer, sempre aos sábados, nos dias 1 de Outubro, dia mundial da música, e 8 do mesmo mês, no Estúdio TimeOut, do Mercado da Ribeira em Lisboa. E dia 15 de Outubro no Hard-Club, no Porto.

Programa:
- Lisboa, 1 de outubro (sábado), Estúdio TimeOut  // Mercado da Ribeira, 17 h
 - Lisboa, 8 de outubro (sábado), Estúdio TimeOut // Mercado da Ribeira, 17 h
- Porto, 15 de outubro (sábado), Hard-Club, 20 h

quinta-feira, 21 de julho de 2016

EMPRESAS DÃO À LUZ “FILHOS DO ROCK”


Com o nome inspirado na série da RTP, que abordou a explosão do rock em Portugal, a Brands Like Bands, com a colaboração de várias empresas, desenvolveu o projecto «Filhos do Rock» que passa por cooperar com instituições de apoio a crianças em cada dia do Festival de Bandas de Empresas, o Festival Brands Like Bands. As causas apoiadas serão a Ajuda de Berço (1de Outubro) e Casa dos Rapazes (8 de Outubro), em Lisboa. E a Casa do Vale, no Porto (15 de Outubro).

Com um valor de entrada de 3 euros, a bilheteira será integralmente destas causas, que irão gerir a mesma. Havendo igualmente a recolha em cada uma das empresas de material de que estas associações de apoio necessitam.
As marcas aderentes e que também já confirmaram presença no palco do Festival das Bandas de Empresas são: SISCOG, Banco Popular, Advance Care, Affinity, Cision, Siemens, Liberty Seguros, AMT-Consulting, ANA-Aeroportos de Portugal, CEiiA, Grupo Impresa (Norte), ROFF, Mercer e Multitempo.


O Festival Brands Like Bands, o único Festival de Bandas de Empresas do Mundo, que realiza este ano a sua quarta edição consecutiva, vai realizar-se no Mercado da Ribeira (Estúdio Time Out), sempre aos sábados, durantes as tardes e noites de 1 de Outubro, dia Mundial da Música, e no dia 8 do mesmo mês. E no dia 15 de Outubro, também um sábado, no Porto, no Hard-Club, antigo Mercado Ferreira Borges. 

VELHOS SÃO OS TRAPOS


Numa semana em que Iggy Pop aos 69 anos vira o MEO Arena ao contrário, no Super Bock Super Rock, e Mick Jagger, dos Rolling Stones, anuncia que vai ser pai aos 72 anos pela oitava vez, podemos dizer que, de facto, «velhos são os trapos».

Este é o cenário que hoje caracteriza os boomers, além do seu poder financeiro estão a redefinir igualmente aquilo que significa envelhecer, enquanto estilo de vida e não como a espera de uma morte anunciada.

Os boomers cresceram na era do consumismo e estão mergulhados nele. A sua dimensão populacional ajudou a definir o consumo, tendências e marcas, re-inventando mundialmente cada fase da sua vida. Nos EUA estão prestes a ser metade da população, representando 70% do rendimento disponível do País. Em Portugal são uma boa parte do suporte financeiro de muitas famílias, estando cada vez mais ativos nas redes sociais, dependendo fortemente da tecnologia, gastando cada vez mais em viagens, em animais de estimação, entretenimento e fitness.


Durante muito tempo foi desenvolvida a ideia no marketing que o foco nos jovens construiria uma fidelidade à marca durante décadas. Claro que essa “filosofia” arrancou quando os Baby Boomers foram os consumidores jovens nas décadas de 1950, 1960 e 1970 e as enormes oportunidades que isso representava. Hoje os profissionais de marketing devem reafirmar o seu compromisso com estes consumidores, porque as oportunidades continuam aí. O sexo, drogas e rock ‘n’ rol, apenas mudou para sexy, social e saudável mas ainda com muito rock ‘n’ rol, como se tem visto.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A NOSSA CASINHA OU A BREVE ESTÓRIA DE UNS OUTSIDERS.

«A próxima música chama-se Casinha, que vou tentar cantar» - Tim, ‘1.º de Agosto no Rock Rendez Vous’ – 1986.

O termo ‘casinha’ é sobretudo um termo emocional que serve para descrever a relação afetiva com a nossa própria casa que, no fundo, mais não é do que uma extensão de nós próprios, é o nosso espaço, é o nosso “cantinho”. Foi esse o caráter emocional que Silva Tavares quis dar quando escreveu A minha Casinha e que se tornou célebre, pela primeira vez, em 1943 quando foi interpretada por Milú no filme O Costa do Castelo. Esta música surge, inicialmente, na banda dos Comendadores do Rock: Tim, Kalú, Zé Pedro, Gui e João Cabeleira porque, a dada altura, nos ensaios, enquanto o Kalú montava a bateria, os restantes elementos tocavam o tema na “brincadeira”. Tema esse que, entretanto, se tornou fundamental nos concertos dos Xutos & Pontapés, porque quando já não havia mais nada para tocar tocava-se então A minha Casinha. O lançamento da música (13 de novembro de 1987) em single também não deixa de ser interessante. Os Xutos vinham com um ano cheio, desde o lançamento em fevereiro, desse mesmo ano, do seu Circo de Feras onde estavam os Contentores, que era cantado por todo o País. A banda, nessa altura, preparava, sem a editora saber, o próximo álbum: 88. Com a ‘explosão’ dos Contentores a editora pretendia lançar esse single no final de 87, para alavancar ainda mais as vendas do Circo de Feras, no Natal. Os Xutos recusaram, mas também não queriam lançar nenhum dos temas previstos para o 88, feito em segredo, sugerindo, então, um tema outsider: A minha Casinha, ao qual a própria editora, inicialmente, mostrou-se um pouco cética e acabando apenas por lançar 500 cópias em cassete.

A música foi crescendo, em uníssono, nos concertos do saudoso Rock Rendez Vous. Algo estava a nascer, mas nem os Xutos nem as primeiras pessoas que ouviram A Minha Casinha podiam imaginar que este tema se iria tornar naquilo que é hoje… Tal como também ninguém imaginava, no domingo passado, que o Éder iria saltar do banco aos 79 minutos para marcar o golo que viria a dar o Campeonato da Europa a uma Seleção que, tal como A Minha Casinha, era uma outsider face às principais favoritas.


Como também ninguém imaginava que, não obstante a grande produção (com um budget à partida considerável) de um filme, com modelos, filmado em Paris, alterando um brilhante tema de Pedro Abrunhosa, que este viria a ser substituído por outro tema tão popular. Corrijo, substituído não, adotado. Adotado por muito mais que onze milhões. Porque A Minha Casinha, tal como a participação da Seleção Portuguesa neste Europeu, esteve ligada a grandes e fortes laços emocionais, não adulterados e, sobretudo, genuínos. Tão genuínos como as lágrimas de Ronaldo. Tão genuíno como quando este “mandou” Moutinho marcar a grande penalidade. Tão genuíno como quando Fernando Santos, o Engenheiro das Emoções, afirmou que só voltava dia 11 de julho, e que ia ser recebido em festa com a Taça debaixo do braço. E tão, mas tão genuíno como os emigrantes acampados em Marcoussis ou em efervescência nos estádios franceses, efervescência essa que começava aos primeiros acordes d’ A Minha Casinha. A UEFA tinha confirmado (no primeiro jogo contra a Islândia) que estava ali o hino que iria simbolizar a campanha de Ronaldo e Companhia, sendo tocada pela última vez quando se levantou o “Caneco”. 

Porque a nossa casinha, mesmo sem grandes produções, é isto: alegre, modesta, mas que se pode, também, revelar como surpreendente pela sua ambição. É a marca e a representatividade de uma Portugalidade atual, universal e multigeracional e que não teme em gritar: «Siiiiiiiiiiiiiimmm».

domingo, 29 de maio de 2016

FOI HÁ 40 ANOS QUE O PUNK MUDOU O MUNDO E AS MARCAS.



- E no início era o verbo… «Hey, Ho… Let’s Go!»
Com as suas “sementes” a serem lançadas em Nova Iorque, o Punk comemora este ano o seu 40.º aniversário, celebrando o lançamento em 1976 do single “Blitzkrieg Bop”, dos Ramones. Aclamado pela crítica devido à sua ‘Autenticidade’, cruzou o Atlântico “para rebentar” em Inglaterra onde estimulou o surgimento de inúmeras bandas do género, entre as quais os Sex Pistols, que nesse mesmo ano começaram as gravações do álbum “Nevermind The Bollocks”, que viria a atingir o primeiro lugar na tabela de vendas. Todavia, esse espaço ficou em branco, o que até hoje foi inédito.

- Garage B(r)ands
De autênticos renegados - os Punks e a sua cultura - passaram a ter a bênção oficial da Rainha de Inglaterra, que declarou 2016 como o Ano do Punk, com eventos a decorrer durante todo o ano. E o caso, na verdade, não é para menos. O Punk, que surgiu num contexto de uma grave crise, mudou o Mundo e as marcas. Com a sua ação assente na criatividade, na energia e na iniciativa, de tão fenomenal tornou-se mediático, propagando-se a várias partes do Mundo e a diversos sectores de atividade, que começaram os seus negócios em garagens.

Surgia assim o DIY (Do It Yourself) com a sua cadeia de valor criada, especificamente, para os recursos que consumia e que mais não era do que aquilo que se chama hoje de ‘Empreendedorismo’, e de onde surgiram na altura nomes como o de Richard Branson, por exemplo.

- Há mais vida além do “Mad Men”
Com a explosão do movimento Punk começa também a irromper um novo período criativo, que mais do que pensar ‘fora da caixa’ partiu a própria ‘caixa’, cortando com uma comunicação de massas, “one fits all”. Havia vida além do “Mad Men”, do dinheiro a rodos e de abordagens garantidas, clonadas umas das outras, que tratavam os consumidores como se de uma massa homogénea se tratasse.

Esta energia e novidade, movidas por três acordes, criaram e afirmaram os seus próprios símbolos, mediante uma ideia distinta e diferenciadora, que não obstante ser de rutura, tornou-se eficaz e eficiente, até à atualidade. E inspirando também o marketing, no sentido de que uma identidade verbal e visual coerentes e criativas suscitavam a priori interesse, relativamente às pretensões e promessas de uma marca.

- Punks not dead

Com o fim dos acordos de Bretton Woods em 1971 e o primeiro choque petrolífero entre 1973-1975, com o embargo da OPEP, a Grã-Bretanha fica perante uma grave recessão económica que coloca no desemprego mais de um milhão de pessoas, agravando as diferenças entre as classes sociais. A grande lição, até hoje, do Punk e do DIY – Do It Yourself – foi isto mesmo: mostrar que é possível fazer as coisas de outra maneira, fugindo ao marasmo, tomando as rédeas dos acontecimentos e invertendo-os, se possível.

domingo, 8 de maio de 2016

MARCA PROCURA VOCALISTA PARA CONCERTO EM LISBOA…


Bem que podia ser um daqueles anúncios que surgiam, semanalmente, na Blitz nas décadas de 80 e 90. A banda é australiana e o vocalista "recrutado" é americano. A marca são os AC/DC que, não obstante as polémicas que resultaram em poucas dezenas de bilhetes devolvidos face a centenas de pessoas que ainda tentavam ter bilhete, deram a oportunidade a Lisboa de ser a primeira cidade do Mundo a testemunhar um momento histórico.

Os holofotes do Planeta incidiram sobre Lisboa, e não passava por cá nenhuma final da Liga dos Campeões ou do Campeonato do Mundo de Futebol. Era o rock que vendia e vendeu a nível mundial, no passado sábado, a Cidade das Sete Colinas. Os AC/DC passavam, novamente, por Lisboa com a estreia do seu terceiro vocalista (Axl Rose) nestes 43 anos de História, de uma das mais respeitadas e consistentes marcas do Mundo.

No entanto, como aprendemos e lemos, quase diariamente, uma marca deve evoluir. Se uma marca permanece estagnada em determinada altura (como a atual) onde as mudanças são diárias, corre o risco de se tornar irrelevante e de ficar de fora do radar dos consumidores contemporâneos e das suas exigências. Esta linha entre evolução e consistência é muito fina, mas o que contou sempre para os AC/DC foi o que a banda/ marca representou e representa na mente dos seus fãs e consumidores, qual o seu posicionamento junto destes, e não, propriamente, o posicionamento que alguma indústria tenha pretendido atribuir. Foi isso que fez com que a banda de Angus Young (uma das maiores marcas anti-age do Mundo, a par de Iggy Pop, Mick Jagger, Keith Richards ou até do nosso Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés) ultrapassasse tendências e estéticas como o glam, punk, hair-rock, grunge, rap, hip-hop, ou simplesmente, a música pop.

A promessa da marca está lá, esteve sempre lá: músicas sobre rock 'n' roll, festas, mulheres, diversão e conduzir com velocidade. Aqui, sabemos que nunca vamos encontrar músicas sobre injustiças sociais ou as angústias do coração, pois esse não é o território da marca AC/DC, que alinhado com o seu logo icónico, os seus palcos, o guarda-roupa, constrói uma identidade e relevância que a levou há um mês a ser "namorada" pela Gucci. Bem como lhe permitiu ultrapassar controvérsias com as substituições de vocalistas, a doença mental de um dos seus fundadores, Malcom Young, os problemas do baterista com a justiça e até curvar São Pedro, que durante horas deu tréguas e assistiu de camarote a este acontecimento histórico no Passeio Marítimo de Algés.

Como construir uma marca destas? É como dizem os AC/DC: «It's a long way to the top».