O tempo ameaçou e umas horas antes, de os concertos
começarem, ainda choveu. Houve sinais de que ia haver temporal. E houve
trovoada sim, mas essa foi no palco do Hard Rock Cafe Lisboa durante mais de 2
horas. Foi "Big and Power" durante toda a noite… Uma
noite que ficará na memória de todos, cada aplauso, cada expressão, cada acorde.
E às 22.30 a Liberty Big Band mostrava já o que seria o
resto da noite: encheram o palco de talento, tudo tocado com uma precisão de um
relógio suíço e sempre com grande envolvimento com cada música que tocavam, num
repertório que passou desde as doces Sade e Norah Jones, passando por uns
Police e Santana, que levaram o público a suar às estopinhas para acompanhar
o ritmo frenético conduzido por Ana Ganilho, André Sousa, Daniel Urbano, Hélio
Cruz, Luís Cardoso, Magda Coelho, Nuno Braga, Pedro Cardoso, Rui Gomes e Sara
Claro. Superstition de Stevie Wonder concluiu uma actuação que não deixou “pedra
sobre pedra”.
Mas desenganem-se se pensavam que os Banda Larga, da
NOS, vinham ”apanhar os cacos”, nada disso. Paulo Galhada, Pedro Cravo, Luís
Reis, Jaime Pereira, Henrique Sobral e Dora Crispim foram explosivos e absolutamente arrebatadores,
sem espaço para “tangas”.
Estes meninos metem muita inveja a algumas bandas que
passam por muitos dos festivais onde a marca NOS é naming sponsor. Estes meninos “rockam”,
não brincam em serviço e mesmo tocando músicas dos outros dão sempre o seu
toque. Alguém já tinha imaginado uma guitarra portuguesa em temas dos Queen?
Possivelmente ninguém, mas a verdade é que resultou. E por falar em Queen, foi o
primeiro sinal que o Hard Rock se preparava para ir abaixo, quando os Banda Larga
protagonizaram um medley com «Crazy Little Thing Called Love / Don’t Stop Me
Now / One Vision»
Ainda com fôlego a banda ainda remata um
pujante «Proud Mary»… E depois, bem depois… O que seria o rock ‘n’ roll sem uma
bela história de amor? Grande Jaime, emocionou as senhoras e meteu “inveja” aos
senhores, com um grande gesto, pedindo a sua namorada em casamento em pleno
palco do Hard Rock Cafe.
Soavam as 12 badaladas, já era meia-noite e não havia
ninguém a arredar pé. Segunda era dia de trabalho, mas antes havia a Big Band
Siemens, com Miguel Freitas, Nuno Cândido, Sérgio Tomásio, Victor Pantea, Nuno Pereira, Jorge Pereira, Miguel Figueiredo, Vera Gomes, Sónia Pereira, Melanie Jourdain, Julieta Bento e Jason Tamachiro. Chegar ao balcão ou à frente do palco era impossível, casa cheia e
tudo em “pulgas” para receber a Banda da Siemens, também grandes em talento e na comunhão com que têm com o público convidando-os
a fazer parte do seu espectáculo, quebrando as barreiras logo à primeira com «Unchain
my heart».
Estava então dado o mote, já não havia recuos e a partir daqui foi
sempre a subir, passando por «Ironic» de Alanis Morissette, a rendição veio com
«Sorri, sou rei» com as vozes em uníssono a ouvirem-se praticamente na Praça
dos Restauradores. «Wake me up» de Avicii e «You’ve got the love» de Florence +
The Machine fazia prever que iriamos ter festa até às tantas.
Pouco depois e com chave de ouro encerraram com «Happy», de Pharrell Williams, o melhor tributo sobre o que se passou nesta noite de 21 de Setembro de 2014, que foi absolutamente inesquecível para todos.
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