Nos dias 8, 15 e 22 de Setembro vai decorrer no
Hard Rock Café em Lisboa o primeiro festival de bandas de empresas: o Brands
Like Bands Festival. O organizador, Fernando Gaspar Barros, explica melhor a
iniciativa.
Meios & Publicidade
(M&P): Existem muitos casos de empresas portuguesas em que os trabalhadores
criaram bandas? Vai ser fácil criar o cartaz de bandas para o festival?
Fernando Gaspar Barros (FGB): No percurso que temos
feito dentro das empresas, onde transportamos, de diversas formas, o universo
das bandas para as marcas, temo-nos apercebido desta realidade, de empresas que
têm as suas bandas e de muitas que têm músicos e que só precisavam de um
incentivo para se juntarem, ensaiarem e tocarem juntos. Deste modo, não tem
sido difícil termos bandas para o festival. Na zona de Lisboa, por exemplo,
existem cerca de 20 destas bandas.
M&P: O que leva as
empresas a promoverem ou apoiarem estas iniciativas?
FGB: Numa primeira fase, as sinergias que são
criadas internamente, que são críticas num momento de turbulência como o que
vivemos actualmente e que resultarão num ambiente mais profícuo à criatividade.
Aqui, no fundo, o que muda é o estímulo de modo a considerar estas mesmas
sinergias como elemento central da criatividade, assumindo-se esta como
necessária para a criação de valor, por via do combate à desmotivação,
mobilizando comportamentos e estimulando uma mudança de atitude pela positiva.
E a música, neste sentido, assume um papel preponderante. Basta ver a presença
que a música tem na vida das pessoas quando estas vão, estão e saem do
trabalho. Depois destas sinergias internas é reunir essas empresas num mesmo
espaço de uma forma mais inovadora, criativa e cativante, criando-se, nesta
segunda fase, sinergias entre as mesmas.
M&P: O festival do
Hard Rock Lisboa é inspirado no Battle of Corporate Bands, promovido nos
Estados Unidos pela revista Fortune. Pode dar uma ideia de como é que as
empresas nesse país encaram as bandas corporativas?
FGB: Com toda a naturalidade. Mas em Portugal não é
diferente o que as empresas em Portugal necessitavam era apenas de um estimulo,
que a Brands Like Bands lhes veio trazer. As nossas marcas, as nossas empresas
têm tudo, precisam às vezes é de ser desafiadas.
M&P: No fim de
Setembro vai voltar a organizar a conferência Bands Like Bands. O que pode
adiantar sobre a edição deste ano? Quais as novidades?
FGB: Este ano teremos a quinta Conferência. Creio
que não haverá muitas que tenham esta regularidade. Tal deve-se principalmente
aos nossos parceiros e todas as pessoas que têm participado desde 2009 na nossa
mesa redonda e que já foram vinte uma, entre músicos e gestores. Este ano
estaremos integrados na programação da Lisbon Week e estamos em conjunto a
tentar fechar algumas coisas. Após esta conferência e porque esta já é a quinta
conferência, consideramos que é a altura ideal para fazermos uma reflexão de
modo a introduzirmos alguns inputs, que consolidem mais o nosso posicionamento
e do nossos parceiros, que é a da inovação e disrupção, dizer as coisas de uma
forma clara, sem os habituais clichés e lugares comuns e que, acima de tudo,
traga valor acrescentado a quem marca presença e quem apoia a Conferência
Brands Like Bands.
M&P: Já agora, há
alguma banda corporativa que recomende?
FGB: Seria uma tremenda injustiça destacar aqui
uma. Não é ser politicamente correcto gosto de todas as que conheço,
principalmente porque, não obstante os seus compromissos profissionais e
pessoais, são pessoas que nunca deixaram de continuar com os seus sonhos e
paixões. São um exemplo para todos nós, até para alguns músicos profissionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário