Depois da parceria entre George Harrison (Beatles) e os Monty Python a comédia tornou-se novamente parceira da música, trazendo-lhe
um relevante valor acrescentado face ao cenário actual que a indústria musical
atravessa. Bem, no fundo a comédia nunca deixou de estar presente se tivermos
em consideração as personalidades de John Lennon, David Bowie, Lou Reed, dos Devo ou até de uns Clash, onde revelam em parte
essa sua característica em algumas músicas do “Sandinista”, sétimo álbum da
banda e considerado dos mais “sérios”.
O que mudou foi que a relação entre banda e público
deixou de ter intermediários. Ou seja, se tenho que pagar pela realização de um
vídeo porque é que terei de estar refém se a estação de televisão coloca em antena
ou não? Ou se coloca, se coloca muito ou poucas vezes durante o dia? E quando em
alternativa tenho um canal (Youtube) onde o mesmo vídeo está acessível 24 horas
por dia, 7 dias por semana... E, mais importante, posso identificar o meu público e
ser mais assertivo em acções futuras. E ainda... onde esta é a plataforma de eleição onde as pessoas ouvem música... sim, meus senhores e minhas senhoras é no Youtube.
Aliar a comédia a um vídeo aumenta-lhe as hipoteses de
visualizações, devido à sua viralidade, de ser comentado. Espalha god-will e alavanca a banda
na gestão da sua marca. Ou isto... ou então aliar
grande tecnologia aos vídeos, ser a última grande estrela da Disney ou assumir uma postura
de pateta e ficar conhecido por isso até aos últimos dias da sua vida.
2012 foi, de facto, um ano de destaque para os músicos
que conjugaram a comédia aos seus vídeos como foram os casos supreendentes de Aimee
Mann (com quase meio milhão de visualizações) e de Benjamin Gibbard:
Sem comentários:
Enviar um comentário