Qual é o lugar mais comum onde as pessoas fazem
as suas tatuagens? Podiamos dizer que seria nos braços, ombros ou costas mas as
tatuagens são feitas nas mentes das pessoas quando estas criam numa primeira
fase as suas tatuagens a nível mental, com associações poderosas a experiências
que obtiveram e a algo com que se identifiquem profundamente… Branding no seu
melhor, que conhece o seu estágio máximo quando alguém faz uma tatuagem, que será
sempre representativa dos seus valores pessoais.
Mergulhámos no mundo das tatuagens quando na
Brands Like Bands verificámos em 2008 que as pessoas tanto tatuavam uma marca
como uma banda. Isto pode parecer estranho ou até mesmo bizarro mas não. E
podemos confirmar isso mesmo quatro anos depois com a mais recente campanha da
Superbrands.
As tatuagens
representam um cruzamento de experiências, sentimentos e memórias. E as marcas
como as bandas (Brands Like Bands) definem as condições para que essas mesmas experiências,
sentimentos e memórias ocorram muito para além de vender simplesmente um
produto ou serviço, onde essas experiências deixam uma memória que pode ser difícil
de medir mas que é permanente como uma tatuagem.
Para quem tatua aquela
marca ou aquela banda ela é única, extactamente porque essa banda ou marca o
trata como único e não como uma massa anónima de gente, que comunica não apenas
os desejos e necessidades do seu público mas também as suas esperanças e
receios, sucessos e insucessos, desenvolvendo uma compreensão mais profunda
sobre a sua base de clientes, ouvindo o que estes últimos contam sobre si
mesmos.
Para quem tatua aquela
marca ou aquela banda (ou ambas) significa que tem igualmente um vínculo com
outras pessoas que partilham interesses e valores comuns. A tatuagem também é
isso, é passar uma mensagem de que se pertence a uma comunidade única e de
siginificado impactante e aspiracional. Só "passa a mensagem" quem
pode e não quem quer. Cada vez mais cepticos quase em relação a tudo as pessoas
necessitam de acreditar em algo. Eles precisam de sentir que pertencem um grupo
onde as marcas não os tratam como meros consumidores mas como fãs. Já que são
estes que no actual cenário comunicacional e de cepticismo permanente defendem
as suas marcas, promovem-nas de uma forma autêntica e por consequência fiável,
soando sempre a novo já que outros fãs se revêem nessa promoção e defesa da
marca. Eles, os fãs, são igualmente um garante nestes tempos de instabilidade
económica já que personificam um suporte de comunicação altamente positivo e de
potencial influenciador.
Para quem
tatua aquela marca ou aquela banda (ou ambas) recorda que no inicio quando
abriu os cordões à bolsa, que nada acabou por aí, muito pelo contrário, esse
gesto foi o começo de uma relação bidirecional e de investimento mutuo. As
marcas que entenderem isto não vão continuar a gastar tempo, dinheiro e
recursos a tentar meter o Rossio na Rua da Bestesga de modo a converterem aqueles
que não querem ser convertidos mas sim a fidelizar aqueles que estão sempre
junto das suas marcas, promovendo-as, defendendo-as, consumindo-as e até
tatuando-as. Sim… tatuando-as, aparecam no Tattoo&Rock Festival nos dias
2,3, e 4 de Novembro na Lx Factory e comprovem porque é que 2013 será o ano dos
Fãs.
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