Um
dos muitos prazeres que temos desde sempre com a música é a oportunidade de a
podermos partilhar, o que acontece desde os tempos do vinyl quando as pessoas
se juntavam em casa de alguém para ouvir as últimas novidades e que a Portugal
chegavam sempre com largos meses de atraso. Mas mesmo sem ser necessário recuar
tantos anos, quantos de nós é que nunca ouviram ou disseram: «Já ouviste isto?
Tens que ouvir…» E passávamos posteriormente à apresentação e à partilha.
Conheci muitas bandas através de pen friends onde partilhavamos cassetes. E foi
assim que conheci bandas como os Green Day e outras bandas igualmente
provenientes do circuito punk californiano, que se tornaram, com o passar dos
anos, multi-platinadas, vencedoras de Grammys e prémios da MTV. A excitação era
enorme e a recomendação era natural.
A
música é e será sempre algo valorizado e preservado pelas pessoas que a ouvem.
Não sendo de modo algum diferente quando uma marca quando dá ao consumidor a
oportunidade de experimentar um produto ou serviço. A música deu-nos sempre
esta pista onde qualquer produto para além de ter o seu valor acrescentado deve
ser igualmente recomendável.
Nesta
era digital torna-se cada vez mais decisivo as marcas assumirem este
comportamento de viverem a vida do seu público, em olhar para fora das suas
quatro paredes, em estar na rua, garantindo que pertencem ao tempo em que
vivem, percebendo o que se passa à sua volta, procurando inspiração no mundo
real, tal como acontece com qualquer banda de sucesso. É na rua que se sentem
as tendências e as mudanças. Mas é importante após essa auscultação assumir a
direcção. As marcas tal como as bandas só têm seguidores se estiverem um passo
à frente, entusiasmando por isso o seu público externo e interno. Criando fãs,
pessoas que partilham a mesma paixão, desfrutando experiências que os fazem
sentir parte de algo incrível. É é esta envolvência que, no caso das bandas,
faz com que a compra não seja um fardo, porque incorporam os valores da banda,
comportando uma forte carga emocional. Sendo também o preço concernente com o
valor percepcionado da experiência obtida.
É esta ligação entre bandas
e fãs que faz com que as marcas se aliem cada vez mais à música, sem os
controlar ou inundá-los com programas ou mensagens de marketing indesejados. É
nessa altura que as marcas podem entrar no quarto e/ou na sala do seu público,
ouvindo música juntos, permitindo-lhes espalhar a mensagem da marca de forma
autêntica, significativa, relevante, em toda parte e nos termos definidos pelos
próprios consumidores. «Já ouviste isto? Tens que ouvir…» Artigo Meios & Publicidade, Fernando Gaspar Barros - Brands Like Bands/Empresas Rock
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