Obrigado é uma palavra tão pequena quanto intensa, talvez seja por isso que é cada vez menos utilizada. É uma palavra forte. Para alguns ameaçadora. António Feio e Raúl Solnado passaram pelos mais diversos obstáculos em nome da sua paixão, aquilo que realmente queriam fazer. Foram empreendedores na verdadeira acepção da palavra. Hoje há o desemprego na altura havia a falta de oportunidades pela castração à inovação.
Com o tempo foram sabendo o que o seu público queria, foram acompanhando o País bem de perto. Foram sempre agradecendo ao seu público quer estivessem 5 ou 500 pessoas. A palavra foi passando. Venceram. Aliaram as suas capacidades humanas às suas capacidades técnicas, ambas unanimemente reconhecidas e aclamadas. Mas nesta hora (apesar de Raúl Solnado ter partido fisicamente em 2009), muito mais que o artístico, foi o legado humano que deixaram a este País massacrado pelo desemprego e bombardeado a toda a hora pela falta de esperança.
Muitos queixam-se de não ter conseguido aquele emprego ou aquele cliente, mas seguramente não há nada pior quando nos dizem que a nossa vida vai ter um prazo de validade, que está quase a terminar. E enfrentar isso com um sorriso nos lábios, mesmo com uma dor enorme por dentro.
António Feio e Raúl Solnado fizeram-no e dedicaram o seu último fôlego à esperança, ao futuro... A Portugal. Obrigado.
- Raúl Solnado: «Façam o favor de ser felizes.»
- António Feio: «Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros... Apreciem cada momento! Agradeçam! E não deixem nada por dizer, nada por fazer...»
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